CALAGEM E ADUBAÇÃO DE TANQUES

09/08/2011 14:03

CALAGEM: O mais usado é o calcáreo mas também podem ser usados todos os compostos cálcitos tais como: pó calcáreo, terra calcárea, cal virgem e cal hidratada.

A calagem é necessária quando a água do viveiro apresenta ph inferior a 7.

Águas ácidas tornam os peixes mais suscetíveis ao ataque de parasitas; ja as águas alcalinas ,com ph acima de 9 que recebem grande quantidade de adubação orgânica contêm grandes porcentagem de amônia que pode se converter na forma tóxica não ionizada e causar grande mortalidade quando os peixes são a elas expostas por 2 a 3 semanas.

Normalmente usamos de 2 a 4 toneladas por hectare espalhados homogeneamente em toda lâmina d'água ou no fundo do tanque quando este estiver vazio.

 

A calagem é a primeira coisa a ser feita e depende da análise de solo do

viveiro. Tem como objetivo controlar a acidez do solo, aproximando o pH à 7,0 (com

a análise de solos, têm-se condições de atingir esse valor).

Os terrenos arenosos geralmente exigem uma calagem mais leve do que

terrenos argilosos. Os terrenos turfosos (presentes em locais baixos e com coloração

escura) necessitam de uma calagem mais pesada (de 5 a 7 ton/ha) por serem muito

ácidos (pH entre 4 e 5).

Uma boa calagem deve ser realizada três meses antes de se colocar água

no tanque (tempo necessário para o calcário reagir com o solo). Esse tempo pode

ser menor caso o calcário tenha uma textura mais fina ou se utilize cal virgem (diminui

o tempo para 45 dias; entretanto, esses produtos são mais caros).

O calcário tem que ser incorporado no solo (pelo menos no fundo) a uma

profundidade de 15 a 20 cm (usar enxada ou grade).

O pH baixo causa:

• Menor produtividade do viveiros;

• Impede a reciclagem de nutrientes (reduz a atividade de decomposição

da matéria-orgânica);

• Maior vulnerabilidade dos peixes às doenças (muco e brânquias); e

• Menores taxas de fertilização e sobrevivência de larvas e alevinos.

Em média, são utilizados: calcário (CaCO3); e/ou, cal virgem ou cal hidratada

(CaO) em pó, nas quantidades:

- 200g/m² de calcário dolomítico, ou;

- 100g/m² de cal virgem ou cal hidratada.

 

 

Adubação dos viveiros :

A Adubação dos viveiros pode ser orgânica ou inorgânica (química), tendo

a mesma finalidade que na agricultura. É feita para aumentar a produção primária

da água de cultivo, aumentando deste modo a produtividade final.

Adubação orgânica

Os adubos utilizados para a piscicultura são os estercos de aves, de bovinos,

suínos e outros. As quantidades recomendadas estão na Tabela 2.

 

Adubação orgânica do solo

Tipo de esterco

Quantidade

Bovino

200 – 300g/m2

 

 

 

Modo de aplicação do adubo orgânico.

• Colocar uma lâmina de água de 20 cm no viveiro. Aplicar o esterco

espalhando-o em sua superfície uniformemente.

• Viveiro seco, a aplicação deve ser a lanço no fundo do viveiro.

OBS: Evite a adubação em dias nublados e monitore a qualidade da água

quando o viveiro já estiver povoado. Deve-se espalhar principalmente no fundo

e, se estiver muito seco, jogar uma camada de terra entre 2 a 3 cm para que o

esterco não bóie.

Adubação química

São utilizados adubos químicos empregados normalmente na agricultura,

contendo bases de nitrogênio, fósforo e potássio (NPK), nas proporções de 4/8/2.

Aconselhamos a aplicar unicamente o fósforo, sob a forma de superfosfato simples

ou triplo.

Devem-se dissolver os adubos previamente em água. Nunca jogar diretamente

na água principalmente os adubos a base de fósforo, pois o solo os retém com

facilidade.

As quantidades recomendadas estão na Tabela 3

 

Tabela3– Tipo de fertilizante qímicos recomendado com respectivas quantidades em gramas.

Adubação química

Tipo de fertilizante

Quantidade

Super Simple/S Triplo

7,0 – 2,0 g/m²

 

 

Modo de aplicação do adubo químico

• Colocar uma lâmina d’água de 20 cm no viveiro;

• Dissolver o fertilizante (1 parte de adubo para 10 ou 20 partes de água)

• Deixar descansar por 1 a 2 horas

• Aplicar o fertilizante espalhando na superfície do viveiro.

OBS: É importante que a adubação, após o peixamento, seja feita em três dias

consecutivos, de preferência na presença de sol, momento este em que as algas

estão em alta atividade fotossintética. A quantidade aplicada deve ser

proporcional ao número de dias em que a mesma será realizada.

 

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